Viajante corre o mundo em cima de um skate

Marcelo Gervásio da Silva de passagem por Canavieiras
Ascom/Wagnevilton Ferreira

A proposta é dar a volta ao mundo de uma maneira pouco convencional: em cima de um skate. Se para alguns é uma tarefa difícil ou estranha, para o carioca Marcelo Gervásio da Silva, de 53 anos, se tornou um estilo de vida, no qual conhece outros países, faz novos amigos e conhece diferentes culturas.

Até agora o seu portfólio já contabiliza 41 países, tudo registrado no passaporte, em fotografias e apresentado na clipagem que monta com as matérias de rádio, televisão e jornais por onde passa. Mas, para ele, isso não é nada do que ainda está por vir, de acordo com o planejamento futuro.

Esta é a segunda vez que Marcelo Gervásio visita Canavieiras, cidade que aprendeu a gostar e que voltou para rever os amigos construídos por aqui. “É sempre bom reabastecer o espírito com a companhia de amigos que venho conquistando ao longo das viagens e, para mim, Canavieiras é uma cidade especial”, revela o viajante.

Nesta visita de quatro dias de estadia na cidade – de domingo a quarta-feira (3 a 6) –, Marcelo foi recebido pelo prefeito de Canavieiras, Almir Melo, a quem tentou ensinar as “manhas” de andar de skate. Para Almir Melo, o projeto do skatista é muito bonito o que demonstra sua determinação e estilo de vida.

O início – Viajar pelo mundo já era uma ideia de Marcelo, que ganha a vida como fabricante de pranchas de surf, no Rio de Janeiro, e que foi sendo amadurecida aos poucos. A determinação, mesmo, surgiu após ter feito promessa ao pai, no leito de morte, em 2002, de ser o primeiro a dar a volta ao mundo sobre um skate.

E a viagem inicial foi dada no trecho entre a cidade do Rio de Janeiro a Angra dos Reis, em 2009. De lá pra cá, diversos percursos especiais foram sendo planejados, a exemplo de quando veio a Canavieiras, em 2011. Daí, não parou mais: Além de vários estados brasileiros, visitou países das Américas, Ásia e África.

Segundo Marcelo, essas viagens são muito agradáveis, porém em algumas delas passou por diversas situações de apuros, principalmente em países da África que vivem em eternos conflitos internos e externos. “Nesses locais é preciso ter muito “Jogo de cintura” para sair de situações difíceis e inusitadas. Muitas vezes, quando digo que sou do Brasil, um país bastante conhecido, nem mesmo eles sabem onde é”, relata.

O projeto da primeira volta ao mundo em cima de um skate vai até o ano de 2018, quando pretende encerrar o feito na Rússia, por ocasião da Copa do Mundo. E essa viagem começará dentro em breve, quando Marcelo vai conhecer a Oceania, iniciando pela Nova Zelândia, país que diz ter muita vontade de conhecer. Para isso, já entrou em contato com os órgãos governamentais daquele país, no sentido de facilitar sua viagem, montando roteiros especiais.

Para financiar suas viagens, Marcelo Gervásio diz que parte das despesas é bancada do próprio bolso, oriunda da fábrica de pranchas de surf que mantém no Rio de Janeiro. Além disso, ele conta patrocínio de grandes empresas, o que tem ficado mais difícil em tempos de crise.

Conta Marcelo, que agora, depois de ter participado de um programa da Rede Globo, conseguiu ser visto por um grande público, o que vem facilitando os contatos visando o patrocínio. “Fora disso, consigo passagens e estadias com muitos dos amigos que tenho e que continuo fazendo no lugares por onde passo”, garante o skatista.